A roda do ano Nórdica representa a sequência anual de renovação, tanto física (corpórea) quanto espiritual. Esta forma de comemoração consiste na celebração dos ciclos de vida e da Natureza que podem se sobrepor da seguinte maneira: nascimento/plantação - crescimento/amadurecimento - morte/colheita - renascimento/nova plantação. Este modo cíclico das celebrações se baseia na concepção de tempo cíclico (que lembra, de certo modo, Ouroboros) nos quais os povos nórdicos se apoiavam, diferente da concepção ocidental que percebe o tempo como uma linha reta.
O calendário Nórdico antigo continha apenas duas grandes comemorações solares (Ostara e Winternacht) e duas comemorações intermediárias (Midsommar e Yule). Porém com o passar do tempo este calendário se modificou e fixou-se com 8 datas, que são: Yule (20/12 à 31/12) - Disting (02/02) - Ostara (20/03) - Walpurgisnacht e Majfest (30/04 e 01/05 respectivamente) - Midsommar (21/07) - Freyfaxi (01/08) - Höstblot (21/09), Disablot (31/10).
Segundo a escritora Mirella Faur, estas 8 datas são sub-divididas em 4 festivais solares, que tinham por função marcar as mudanças de estação segundo o Sol, e 4 festivais do fogo, que são datas agrícolas que se interpunham entre solstícios e equinócios.
Dentre várias funções, o calendário Nórdico marca não apenas datas comemorativas, mas também tem por função opor datas nas quais energias opostas, como luz e escuridão, se tornam mais ou menos aparentes. Em cada uma destas celebrações, a Natureza, as energias e o estado de espírito individual se encontram de modo distinto, o que caracteriza as funções de cada data especificada.
Obs: Com o tempo, postarei informações à cada data do calendário
terça-feira, 2 de outubro de 2012
segunda-feira, 1 de outubro de 2012
Mjöllnir
Mjöllnir, ou em português "Aquilo que esmaga", consiste no símbolo mágico conhecido na Mitologia Nórdica como "Martelo de Thor". Esta arma, na estrutura mitológica, consiste em um martelo de cabo curto confeccionado pelos Svartálfar (anões) Sindri e Brokk em uma aposta com o Deus Loki. O martelo é conhecido por ser a arma mais forte de Asgardr, pertencente ao Deus Thor. Sua principal função é proteger a terra dos Deuses de ataques dos habitantes de Jötunheimr. Nas histórias mitológicas, Thor e seu martelo Mjöllnir são responsáveis pela morte de vários Gigantes.
No contexto do Paganismo, Mjöllnir representa vontade, proteção, força e poder. É usado desde os tempos mais remotos como símbolo ritualístico para consagração de lugares, armas, talismãs, altares e etc. Há também menções em achados arqueológicos que afirmam seu uso em rituais matrimoniais como símbolo da benção.
Mjöllnir é hoje, talvez, o símbolo Nórdico mais conhecido no mundo, porém suas interpretações vinculam-se mais ao personagem "Thor" dos filmes e gibis da Marvel , ou apenas na mitologia, sendo sua interpretação pagã e religiosa pouco conhecida.
Bibliografia auxiliar: FAUR,Mirella.Mistérios Nórdicos: Deuses. Runas. Magias. Rituais.São Paulo:Pensamento,2007
No contexto do Paganismo, Mjöllnir representa vontade, proteção, força e poder. É usado desde os tempos mais remotos como símbolo ritualístico para consagração de lugares, armas, talismãs, altares e etc. Há também menções em achados arqueológicos que afirmam seu uso em rituais matrimoniais como símbolo da benção.
Mjöllnir é hoje, talvez, o símbolo Nórdico mais conhecido no mundo, porém suas interpretações vinculam-se mais ao personagem "Thor" dos filmes e gibis da Marvel , ou apenas na mitologia, sendo sua interpretação pagã e religiosa pouco conhecida.
Bibliografia auxiliar: FAUR,Mirella.Mistérios Nórdicos: Deuses. Runas. Magias. Rituais.São Paulo:Pensamento,2007
quinta-feira, 27 de setembro de 2012
Valknutr
Traduzido como "nó dos caídos ou escolhidos" (Valr-morte , knut-nó), este símbolo consiste em três triângulos entrelaçados que representam, segundo fontes históricas e arqueológicas, o poder do Deus Odin de "atar" e "desatar" (significado que lembra o uso do Ægishjálmr). Outro significado para este símbolo é, segundo a escritora Mirella Faur: " [...] os nove mundos manifestados nos três reinos da unidade eterna, expressa pela lei evolutiva do nascer/ser/desaparecer, rumo a um novo começo." Sendo assim, o Valknutr representaria os nove mundos dispostos na árvore sagrada; cada mundo representado por uma ponta. Os três triângulos, representariam assim os domínios do "surgir", "viver" e "morrer", comuns a todos os seres vivos, culminando no quarto domínio, o "renascer", que na verdade seria uma volta ao primeiro domínio. Segundo a crença pagã, O Valknutr funcionaria também como uma "marca" que designava os fiéis seguidores do Deus Odin.
Bibliografia auxiliar: FAUR,Mirella.Mistérios Nórdicos: Deuses. Runas. Magias. Rituais.São Paulo:Pensamento,2007
Bibliografia auxiliar: FAUR,Mirella.Mistérios Nórdicos: Deuses. Runas. Magias. Rituais.São Paulo:Pensamento,2007
quarta-feira, 26 de setembro de 2012
Ægishjálmr
"Ægishjálmr" ou em português "Elmo do Terror", é um símbolo pagão nórdico usado principalmente na magia Seiðr (tradição mágica que tem como principais divindades Odin e Freya). Composto por 8 runas Algiz e 24 traços horizontais, este símbolo representa todo o Futhrak. Pintado entre as sobrancelhas, tinha a função de inspirar uma coragem inabalável nas batalhas, causar medo, confusão física e mental no inimigo e expandir a percepção mágica do utilizador. Esta arte está estreitamente relacionada com o uso da visão (tanto a física, como a terceira visão e o "chakra" frontal), e há teorias que afirmam que a prática utiliza conceitos de hipnose. O(a) Seiðkona ou Völva pintava o Ægishjálmr entre as sobrancelhas do guerreiro e entoava encantamentos, no fim destes encantamentos, a função do guerreiro era apenas dizer: "Ægishjálmr eg ber milli bruna mjer!" ou seja, "Eu porto o Ægishjálmr entre as minhas sobrancelhas!". Entre os sacerdotes/guerreiros "Berserkers", este símbolo era amplamente utilizado em guerras. Atualmente, o "elmo do terror' é usado como amuleto de proteção entre pagãos nórdicos.
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